Sobre os Sexos - Sexismo
Tuesday, 23 November 2010
16:00
O NOVO “SEXISMO SAUDÁVEL”
Ou a Teoria do Machismo Conveniente

Muitas vezes perguntei a mim próprio por que não haverá nada mais
funesto para uma rapariga que conviver muito com outras raparigas.
Manifestamente, isso advém de esse convívio não ser carne nem
peixe; limita-se ela a perturbar a ilusão sem a explicar. O destino
mais profundo da mulher é ser companheira do homem, mas o
convívio com o seu próprio sexo facilmente provocará a este respeito
uma reflexão que faz dela uma dama de companhia em vez de uma
companheira. (S. A. Kierkegaard: O Diário de um Sedutor)
...
Eu gostaria de chamá-lo de pseudofeminismo, se você não se importa. Porque, como mais poderíamos chamar aquilo que as mulheres – mulheres essas que se consideram mulheres “modernas”, de fibra, iguais em direitos e deveres a qualquer homem – vêm impondo a si mesmas e aos homens? Que espécie de meio-termo é esse, que faz com que as mulheres modernas trabalhem e estudem como homens, mas que depois, saindo da escola ou do trabalho, e saindo com o namorado, quer que ele, que estuda e trabalha como ela, pague pela gasolina do carro, a comida do restaurante, as entradas e bebidas dos lugares para onde eles saem? E que após tudo isso, ele a peça em casamento, mesmo quando ela já o gostaria de ter feito há tempos, mas não podia? O que justifica isso?
Machismo conveniente. O bom e velho sentimento de macho alfa unido a cara-de-pau feminina em aceitar que o parceiro pague tudo a ela, tome todas as decisões finais por ela e por fim, entregar a ele todo o seu grande sentimento de igualitário por um charminho feminino.
É óbvio que eu não estou aqui querendo ser hipócrita em dizer que eu acho péssimo ter alguém que pague tudo para mim, que se preocupe em ter um carro à mão para me levar a qualquer lugar, que dirija pra mim quando eu quiser beber além da conta e enfim, compre alianças e deve tomar os primeiros passos, desde a iniciativa de perguntar meu nome a me pedir em casamento (porque eu sou extremamente tímida) e todas essas comodidades. É claro que isso é ótimo!  Mas olha o quão hipócrita isso é! Onde está a conversa de direitos e deveres iguais, liberdade do sexo e de equiparar sem titubeios os sexos?
Por isso que, para mim, isso é não só um feminismo de mentirinha, só para fazer a mulher ganhar o direito de trabalhar, estudar, e enfim, pensar e decidir por si própria, e nada de assumir os reveses dos deveres masculinos, mas um culto bobinho, porém muito injusto e travestido de chutar o sexo masculino do pedestal para pôr uma mulher lá! E isso, não é igualdade dos sexos, isso é querer pagar na mesma moeda.
É o mesmo que os latinoamericanos negarem ajuda à países que o exploraram. Isso não é ser superior de alma. O mesmo que os negros explorarem os brancos. Isso não é ser superior em intelecto. O mesmo que os índios tomarem o poder e impor sua cultura a todos nós. Isso não é ter respeito ou ser igualitário. E não fazer nada disso, não é também dizer que aí sim, somos superiores, mas simplesmente fazer o que fomos destinados a fazer: errar, aprender com seus erros, e saber perdoar. Se só se aprende sofrendo e se fomos nós a sofremos, seremos nós, então, a ensinar essa lição.
Conceitos e preconceitos, ética e moral, são coisas tão difíceis de mudar não só porque são processos lentos de transição de idéias, arraigadas na sociedade. Também porque, no caso das mulheres, nós só começamos a lutar realmente por uma mudança quando ela começa a nos incomodar de verdade, e nos limitar de uma forma pungente, a exigir mais de nossa consciência irrequieta característica do nosso sexo.
Antigamente, tudo bem, eu posso entender, afinal era o homem o “provedor” da família; ele que teria sempre de sustentar sua esposa e eventuais filhos, então, ele deveria saber e escolher a hora certa, em que ele já estivesse preparado para o casamento. Mas e hoje? Nós trabalhamos, estudamos, passamos por tudo exatamente como os homens. Nós, se não somos as principais provedoras do lar, somos as únicas! Temos tantas responsabilidades para com a nossa família quantos eles. Então por que, quando eu achar que estou completamente preparada para me casar, disposta e resoluta, eu ainda assim, tenho de esperar ele propor, se é que um dia irá?! Não! É aqui mais um machismo enrustido!
Mulher feminista atual (porque sei que as feministas queriam a igualdade do sexo, e isso é absolutamente correto, mas parece que atualmente, elas querem é provar que, na verdade, a mulher é superior ao homem, ou simplesmente pagar na mesma moeda!) e homem machista, para mim é farinha do mesmo saco. Não existe sexo superior, o máximo que pode existir, é indivíduo, ser humano superior, e ponto. Cada se faz valer pela sua existência, e não pela do seu sexo.
Existem mais conquistas intelectuais conquistadas e divulgadas feitas pelo homem por toda a História? Sem dúvida. Têm elas a ver com superioridade intelectual? Nem de longe. Assim como a América Latina, negros e índios, nós mulheres, desde que nos entendemos por gente, fomos postas, quando muito, apenas acima dos animais. Ou seja, segregadas, postas de lado, subjugadas sem qualquer segunda chance, e o pior, sendo tal segregação ainda apoiada por fanáticos religiosos e filósofos com explicações absurdas para a suposta inferioridade feminina, óbvio que as mulheres figurariam tão menos em conquistas em campos onde homens e homens apenas tinham chance de atuar tão pouco tempo atrás. Ainda hoje.
Portanto, o sei, e o sei por que diagnostiquei o problema não só nas mulheres ao meu redor, mas em mim mesma. E agora que já sei que o problema existe, a única atitude que espero de mim mesma, é corrigir essa falha e me sentir uma pessoa pelo menos um pouco melhor.
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Sexismo (do Inglês: sexism) Conjunto de estereótipos quanto à aparência, atos, habilidades, emoções e papel apropriado na sociedade, de acordo com o sexo. Apesar de também estereotipar o homem, mais freqüentemente reflete preconceitos contra o sexo feminino. Ex: a mulher vista apenas como mãe, vítima indefesa ou sedutora, e o homem, como machão, poderoso e conquistador.  Michaelis.

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We are all alone, born alone, die alone, and -- in spite of True Romance magazines -- we shall all someday look back on our lives and see that, in spite of our company, we were alone the whole way. I do not say lonely -- at least, not all the time -- but essentially, and finally, alone. This is what makes your self-respect so important, and I don't see how you can respect yourself if you must look in the hearts and minds of others for your happiness. — Hunter S. Thompson

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